21.8.13

Prosa

 
100_0673
 
 
Preparam-se corpo e mente para começar o exercício.
 
E o músculo reclama, previamente.
 
Um, dois, três ... quatro, cinco, seis ... sete ... oito ...
 
Até quinze.
 
O mesmo movimento.
 
A mesma toada.
 
E só uma diferença: a dor.
 
Dificuldade. Resistência.
 
Mais uma série ... um, dois, três ...
 
E outra.
 
Um, dois, três ...
 
A dor aumenta, na articulação, preguiçosa ou cansada.
 
O corpo cansa.
 
A mente cansa.
 
Enfim, "o carro canta".
 
Mas continuar é preciso.
 
Quatro, cinco, seis, sete, oito exercícios.
 
E a mesma sequência.
 
Um, dois, três ...
 
Quinze, aaaah!
 
Finalmente, deito.
 
Dou-lhe a mão.
 
Uma distração, outra distração.
 
Outra, e outra ...
 
E o puxão.
 
Que dói.
 
No corpo, no músculo, na articulação muito mais do que na alma.
 
Nove puxões, em todos os planos, depois, tudo está "prontinho".
 
E o gelo conforta o músculo cansado.
 
E o corpo, extenuado.
 
 
 
 
 
Ao longe, um passarinho canta.
 
E a mente, voa.
 
fps, 16/08/2012, 22:58

9.8.13

Poesia: Sexta




Sexta

Noite, de um dia de outono,
comida farta na mesa,
depois do jantar, sobremesa.
 
Descanso, logo vem o sono,
e o acordar tarde, certeza
de que não se irá à empresa.
 
Sejam bemvindos à sexta-feira.
 
De validos e vencidos,
do início da gandaia.
 
Da preparação para o sábado,
dia sagrado dos judeus.
 
De trabalho para alguns,
de expectativa de outros,
dos vendedores a espera.
 
E, para muitos, descanso,
expectativa de sono,
justo, gostoso e tranquilo,
do povo que chega às onze
enquanto outros vão às baladas
e não voltarão tão cedo.
 
(isso se voltarem)
 
Mas o fato é que ...
uaaah ... é sexta-feira.
 
 Noite, de um dia de outono,
a comida é farta na mesa;
depois do jantar, sobremesa.
 
Descanso, logo vem o sono,
e uma certeza:
 
 
 
 
Amanhã, não se irá à empresa.

fps, 17/07/2009, 18:26