31.10.05
Ah, não, esse merece um post:
Para os de Salvador, um olá e um aviso:
Segue um recado, diretamente da lista TCafe: nos dias 5 e 6 de novembro(sábado e domingo), em Salvador, no Colégio/Faculdade 2 de Julho, durante o Anipolitan, haverá uma sala dedicada exclusivamente às séries live-action (ou tokusatsu, para os íntimos), com ênfase para as produções recentes que, devido ao desinteresse das emissoras de TV e aos contratos entre Toei e Disney (leia-se Power Rangers), dificilmente passarão um dia no Brasil.
Segue a programação - para maiores informações acesse o site oficial, http://www.anipolitan.com.br/.
05/11 (sábado) - SALA 05:
11:00 - Kamen Rider Hibiki
12:00 - Ultraman Cosmos vs. Ultraman Justice - Movie
14:00 - Spectroman DUBLADO
15:00 - Magiranger
16:00 - Gaoranger vs. Supersentai - Movie
18:00 - Gransazers
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06/11 (sábado) - SALA 05:
11:00 - Justirisers
12:00 - Sailor Moon Live Action
13:00 - Dekaranger - The Movie
14:00 - Kamen Rider Faizu
15:00 - Ultraman
16:00 - Kamen Rider Blade
17:00 - Ryuuki - 13 Riders
Enquanto isso, aqui em MG ...
28.10.05
Republicado como uma homenagem sincera
O dia em que eu chorei
(Homenagem a um grande amigo meu, que se foi)
Conheci Rovângelo há muito tempo atrás. Cinco, seis, sete anos ... não importa. O que importa era o tipo de pessoa que ele era: moreno, não muito alto nem muito baixo, de porte mediano, óculos - enfim, nada que lembrasse o tipo atlético, alto, forte e bonitão que povoa as revistas femininas, como exaltação do chamado homem ideal (muito músculo e pouco cérebro). Aliás, dir-se-ia até que ele não era grande coisa assim, já que sua voz, meio esquisita, surda e estridente, anunciava um tipo de pessoa que não se vê muito nos dias de hoje: bonachão, carinhoso, sensível, às vezes até emotivo, mas com um certo traço de charm, que as pessoas hoje parecem esquecer, nesses tempos corridos em que a dureza dos atos substitui a beleza da vida - não sem tristeza, nem mesmo sem dor.
Mas, como eu ia dizendo, conheci-o no colégio, por assim dizer no ginásio, que é, por definição, a época em que os espíritos se abrem, desabrochando em todos a personalidade que talvez terão em vida - ou, pelo menos, em sua juventude. Era uma época que via surgir gente bonita, sedosa e cheirosa, alguns mais zoeiros, outros nem tanto, e outros que nem sabem o que significa isso: os chamados bitolados, ou bitolas, para os quais o melhor companheiro é o livro, e a obrigação número um é passar de ano - e era nesses que eu me classificava, à base de TV de manhã, ônibus lotado à tarde e o carro do pai que vinha me buscar de noite, tudo ao mesmo tempo, sem contestação.
Nesses tempos, onde o que importava p´ra mim era ser um bom aluno, surgiam outros, raros como eu, que faziam valer os centavos que os pais investiam, ainda que custasse menos ser irresponsável e idiota - como tantas donas de butique de hoje já foram um dia. No entanto, isso não importa mais, já que o velho e bom amigo Rovângelo, aquele cara que falava fino, aquele que parecia 'delicado', aquele mesmo que um dia jurara namorar a professora de Educação Artística - nossa 'professora Helena' dos tempos de ginásio - aquele cara com um jeito todo especial de ser, e de cativar, que só ele tem ... tinha, pois morreu há poucos dias atrás, vítima do imponderável e do impensável que circula, todo dia, entre nós.
Como estaria ele hoje ? Voz diferente ? Estaria mais alto ? Mais gordo, talvez ? Não sei, não posso explicar, pois não cheguei a vê-lo de novo. A única coisa que sei - e que pude lembrar, quando soube da notícia - foi da última vez que nos vimos, na nossa formatura, quando o abracei e tiramos uma foto lá dentro do colégio. Foi a última foto que tirei com qualquer pessoa que conheci no ginásio, e foi por isso que, quando lembrei-me do fato, ao voltar para casa, tendo a consciência de que uma parte de mim havia também ido, uma boa parte, dos bons tempos em que podia viver e sonhar, tornando se homem nas esquinas da vida, e do quanto ela havia sido boa , e do amigo que eu tinha perdido ali ...
... foi aí que, sem nada p´ra dizer, simplesmente chorei.
Histórias da minha infância - texto escrito em 25/11/2000
25.10.05
Você já assistiu Power Rangers com seu filho hoje?
Referendo: SIM, NÃO e os evangélicos - uma posição
24.10.05
Conclusões sobre o referendo
21.10.05
Ainda do Gravata: a resposta do "SIM"
O código de trânsito, segundo Gravataí Merengue
19.10.05
Carta a um antigo colega, sobre o duplo sentido do ser
“Lancome, estive pensando seriamente sobre a dubiedade da vida. Esse assunto, que intriga os cientistas, fascina os filósofos e apaixona os teólogos, tem transformado pessoas e seres no decorrer dos tempos. Comigo também não seria diferente, Lancome, e lhe direi o porque.
Meu caro Lancome, muitos acham que vivi minha vida da maneira mais simples possível, e que sempre fui esse homem gentil e educado que hoje lhe fala, e que transforma o meio em que vive, dotando-o de um grande astral, que é, afinal, o que faz com que o mundo gire, e que transforma a todos que o cercam em infinitas peças desse tabuleiro colossal chamado universo. No entanto, Lancome, quero que saiba que nem sempre eu fui assim, metido a sabido, seguro de mim, querendo simplesmente fazer de minh´alma um catalisador das profundas certezas existentes no ser.
Já vivi muito mais do que pensas, Lancome. Quando jovem, sentia em meu ser toda a fúria de um garoto que aprende seus primeiros passos, que procura sentir o possível, amar o impossível e experimentar, um a um, os grandiosos sentimentos que passam ao largo dos seres humanos. Vivi, Lancome, toda a vida que um garoto inexperiente pode ter - e sofri, como nunca, as consequências desses atos amargos, alguns impensados, outros bem engendrados, que já quis ter.
Já fui muito mais ingênuo do que hoje sou, Lancome. Já vivi tempos em que acreditava em tudo e em todos, em que queria, cada vez mais, ser forte como um touro, ser bravo como a águia, intempestivo como o trovão, já tentei ser um pouco de tudo, sem no entanto encontrar o que preenchesse o vazio de minh´alma, e o que a fazia sussurar, como um sonho. Já vivi tudo e todos, já tentei ser maior que o mundo, já tentei e quis ser o que pude - e também o que não pude, daí minha desilusão do mundo, e minha vontade louca de dar cabo de tudo, e fazer de mim homem feito, como ainda não sou.
Ainda não vivi tudo o que queria, Lancome, mas o que vi nessa vida pode ser um parâmetro do que será o futuro: não pude descrever os sentimentos ruins que senti, a ignóbil sensação de vazio que tive, e o vazio que tomou conta de mim depois disso. No fundo, no fundo, Lancome, todos temos dentro de nós um ser, um ser ignóbil e cruel, que afronta ao mundo e destrói a si mesmo, e que transforma aos que são sua habitação em pessoas insensíveis à realidade de seus sonhos, e traz para dentro deles a dura realidade, que ninguém quer ver, mas que a tudo cala, e a tudo consente, transformando o mel em fel, e a bondade em dor, para si mesmo e para os outros.
Quem me dera, Lancome, não ter vivido tudo isso, para poder ser mais puro. Quem me dera, meu caro Lancome, ser apenas mais um para não ter visto o que vi. Quem me dera, Lancome, poder ser como tú, que a mim me perguntas, dizendo: “O quê?”, “Como?”, “Onde?” ou ainda, “Porquê?”, sem encontrar as respostas para os meus atos, ou as verdades que eu já vivi. E, se posso te aconselhar, não procures, por favor, as respostas que vi, Lancome. Procure viver sua vida, lutar por ela, encontrar-se contigo mesmo e fazer de seu corpo morada feliz para seu grande ser, como tú já o fazes, e ainda o farás, nessa vida insana.
Quanto a mim, resta-me encontrar meu rumo, apesar de tudo o que disse, e de tudo o que já vivi. E, se perguntarem a mim como vou, responderei, simplesmente, que vivo conforme a vida e o pensamento me indicaram um dia - e, quem sabe, serei mais feliz, e capaz de olhar para a frente e dizer, a tudo e a todos, que enfim venci.
Confie em mim.
Atenciosamente,
Ralph deMacchio.”
17.10.05
De olho naquilo: seios tocando MP3 ???
Chips embutidos em próteses de silicone podem transformar os seios da mulher em tocadores de música digital, anunciam pesquisadores da British Telecom.
Pelo que deu a entender, o dispositivo funcionaria assim: em um dos seios se implanta o player de MP3, e no outro seria instalada a lista de músicas - sendo que no pulso é que ficaria o painel de controle do equipamento. Mas o que me deixa curioso é o seguinte: onde é que vão colocar o fone de ouvido e a USB (dispositivo de conexão ao micro) do negócio?
No braço? Ou será que vai sair da própria prótese?
Para maiores devaneios, a matéria completa está em http://www5.estadao.com.br/tecnologia/informatica/2005/out/17/37.htm; e, não, realmente essa matéria não tem nada a ver com nada, mesmo ...
12.10.05
Milésima atualização de template ...
10.10.05
O conflito do ser vivo diante de si mesmo
7.10.05
Alguns "post-its" sobre um pouco de tudo
5.10.05
Confissões de um menor de rua
Eu não gosto de esperar,
pois dá medo.
Nessas ruas falta vida,
sentimento.
Eu não quero mais parar,
dá receio.
Eu não tenho nada mais
que um tormento.
Eu não posso ver o mundo,
pois não sinto.
Se eu digo: ´Tô feliz,
eu só minto.
Não entra comigo na rua,
é “mancada”.
Já me viram cá contigo,
na “quebrada”.
Fica aqui, moço, comigo,
fica agora.
Pois eles vem me pegar,
sem demora.
Eu não gosto de esperar,
nada tenho.
O meu mundo é uma droga,
falta empenho.
Eu não tenho muito, moço,
nessa estrada.
Para mim, eu sou só hoje
quase nada.
Eu só quero uma coisa,
seu “dotô”;
Morrer muito ligeirinho,
sem a dor.
Dor de morrer com bala
na cabeça.
De viver tendo só
uma sentença.
Me dá um trocado, moço,
por favor.
P´ra eu não morrer de fome,
meu senhor.
P´ra eu não morrer de sede,
sem valor.
P´ra eu não morrer de frio,
sem calor.
P´ra eu não morrer na guerra,
sem amor.
Moço, dá um trocado pr´eu comer ...
(escrito sob o pseudônimo de J. R. Babbash, em 27/09/1996)